#24 cheirinho de infância

feliz dia das crianças a todos os adultos!!!

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pra ouvir e querer ser criança de novo:

(essa música da xuxa foi escrita pela rita lee & roberto de carvalho e fala sobre o peter pan. tem como ficar melhor?)

neste dia das crianças quero te lembrar que é importante cuidar da sua criança interior. como? não sei. eu compro sylvanian families e perfumes com notas de baunilha. também como açúcar em excesso de vez em quando.

hoje resolvi trazer alguns perfumes que usei quando era apenas uma pequena pirilampa vagando no meu mundo de fantasias. talvez alguns deles tenham feito parte da sua vida. qual era o seu preferido da infância? me conte nos comentários! amo descobrir cheirinhos novos :))))

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✸ pivoine (yves rocher, 1993)

um clássico perfume de mãe. nunca usei porque não sou mãe, mas a minha mãe usava quando eu era pequena e isso me marcou muito. me lembro perfeitamente do cheiro atalcado de flores brancas, mais ainda do frasco branco com a tampa em formato de flor. lindíssimo. eu não sei o que aconteceu com o nosso pivoine, mas um dia vou comprar um só pra cheirar de vez em quando e lembrar de tempos mais simples.

✸ mamãe e bebê (natura, 1993)

da série: não me lembro de usar, mas tenho quase certeza de que usei porque todos os bebês do brasil já usaram e o aroma dele é familiar demais pra eu nunca ter usado. esse perfume está tão enraizado na cultura brasileira que o cheiro de bebê que tanto se fala é, na verdade, o mamãe e bebê. 

eu super usaria pra dormir porque ele tem lavanda e lavanda tem cheiro de dormir, mas acho um pouco demais usar um perfume chamado mamãe e bebê sem ser mamãe ou bebê.

✸ sophie (o boticário, 2009)

se você tem 11 aninhos e vê o frasco do sophie na loja do boticário, o MÍNIMO que você pode fazer é espernear pra comprarem o bendito perfume. eu sinceramente não lembro do cheiro. será que era bom mesmo? se fosse bom eu certamente lembraria. talvez a nostalgia nos pregue peças. aqui está a pirâmide olfativa dele, tire suas próprias conclusões:

✸ capricho (o boticário, 2001)

esse aqui tem cheiro de paramore, tokio hotel, fakes do orkut, buddy poke, tutoriais no youtube de como cortar o cabelo igual ao da hayley williams usando apenas gillette, vídeos do coelho e pedroso (por favor, me digam que não sou a única que gostava deles). resumindo: a época mais feliz da minha vida cibernética.

✸ capricho day & night (o boticário, 2008)

embora eu não tenha sido adepta da moda colorida quando estourou, sinto que essa dupla de perfumes encapsulou muito bem a época. novamente não me lembro do cheiro, mas tenho a sensação de que remetia à malhação id com fiuk, as bandas cine e restart, a canção me adora da pitty, o primeiro camp rock, calças e camisetas neon, as temidas pulseiras do sexo™, all star rabiscado e cabelo repicado. uma fase NO MÍNIMO intrigante.

✸ light blue (dolce & gabbana, 2001)

calma, sou pobre! você ainda pode me amar! eu nunca tive o light blue, mas tive uma IMITAÇÃO do light blue que era igual ao original. existem alguns poucos perfumes frescos que, pra mim, combinam mais com frio do que com calor. esse é um deles. acho que guardei na minha memória olfativa um dia perto do natal em que saí de carro e fiquei observando a chuva cair lá fora enquanto ouvia planet caravan, do black sabbath, no meu ipod. engraçado como essas coisas funcionam.

✸ capricho vintage (o boticário, 2012)

esse aqui é o disco born to die todinho. eu tinha 14 anos e estava obcecada pela lana del rey, quem nunca? era um perfume feito pra adolescentes, mas tinha um quê vintage e clássico. eu adorava essa vibe, me sentia uma bonequinha. quando penso nele, imagino uma menina de delineador, com topete meio beyoncé na fase single ladies, de vestido rodado rosa claro, esmalte turquesa e acessórios de pérola falsa, ou seja, eu com 14 anos.

✸ j’adore (dior, 1999)

quando fui convidada pra minha primeira (e única) festa de aniversário de 15 anos, senti que precisava de um perfume à altura. me apaixonei na primeira borrifada pelo clássico j’adore. pra mim ele tem cheiro de debutante, MESMO. até o frasco dele grita 15 anos. pena que aquela época foi a pior da minha vida e só de lembrar sinto dor física. quero vomitar.

✸ jabuticaba (natura, 2008)

esse foi um delírio individual meu. na ânsia de me desvincular das memórias do j’adore, quis algo totalmente diferente. eis a minha fase natureba. eu usava a famosa pulseira do reggae e ouvia natiruts. sério, cafona demais. me perdoe. embora eu não tenha nada contra a banda natiruts, mas só pra você entender. essa época durou alguns meses, mas na minha mente foi uma eternidade. esse é outro perfume que não consigo mais sentir sem querer me matar porque a adolescência é assim: nunca melhora.

✸ bônus!!

ma chérie (o boticário, 1997) e classic (giovanna baby, 1974).

você me julgaria se dissesse que tenho 26 anos e uso ma chérie e giovanna baby? sim, eu sei. minhas amigas fazem bullying comigo por isso. em minha defesa, eu amo cheirar a bebê quando vou dormir. sinto que minha própria mãe está me embalando numa canção de ninar enquanto pego no sono – esse é o poder da lavanda.

apesar de usá-los hoje, acredito que não tive nenhum deles na infância, mas tenho a sensação de que todas as meninas cheiravam a esses dois perfumes ou a variações deles. eles me transportam pra época em que a gente ia à escola depois do almoço, com um penteado que consistia em um rabo de cavalo cheio de gel. na nossa lancheira das meninas superpoderosas tinha bisnaguinha e mini trakinas. no final da tarde a gente voltava suada pra casa por causa da aula de educação física, pegava o final de malhação com o cabeção, assistia cyberchase e se preparava pra novela das oito, que era páginas da vida. good times.

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deixo aqui uma playlist de músicas fofinhas pra você não esquecer de ser gentil consigo mesmo:

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bye bye, aqui me despeço! aproveite o dia das crianças! coma muito açúcar e carboidrato!