antes, um recadinho: tive a honra de ser convidada pela isabela thomé (a diva que me inspirou a criar o anna’s void) para escrever na sua belíssima newsletter eu destruirei vocês. falamos sobre as músicas que mais odiamos. prestigie e deixe seu comentário, pois nós adoramos teclar na internet com outros internautas! <3
faz muito tempo que penso em falar sobre a dívida que o mundo tem com hilary duff. sempre fico de escrever na semana que vem ou então na próxima depois do feriado e quando vi já se passaram 6 meses. agora finalmente veio aí!
como sou uma jornalista muito séria, resolvi pesquisar para esta edição o signo da loirinha, afinal, essa é uma informação relevante que explica muita coisa, e descobri que ela faz aniversário HOJE, 28 de setembro. PARABÉNS, HILARY DUFF!!!!!!!!!!!!!!
enfim. aqui estou eu para te provar que ela é muito mais do que lizzie mcguire e what dreams are made of. o que eu ganho com isso? talvez seu unfollow.
o que é metamorfose?
hilary duff começou como atriz mirim e teve seu auge interpretando a protagonista da série da disney lizzie mcguire, mas em paralelo ela se aventurou na música. vou ignorar o primeiro álbum de estúdio dela porque é inteiramente composto por músicas natalinas – e eu odeio músicas natalinas. o primeiro disco NORMAL mesmo veio em 2003. pense num pop chiclete irresistível. metamorphosis poderia ser o irmão mais novo de britney (2001), com suas batidinhas perfeitas e vocais macios que uma boa canção pop pede.
todas as músicas têm uma vibe caldeirão do huck do velho testamento, quando luciano huck não entrevistava o presidente da ucrânia para falar sobre a guerra da ucrânia, mas sim apresentava a edição de férias do programa na praia, com participação especial do grupo os travessos. com certeza é a nostalgia falando alto, mas eu achava aquilo muito bom.
roqueira graças a deus
toda estrela da disney se revolta em algum momento e é nessas horas que eu agradeço a deus pela hilary duff ter nascido em 1987 porque o pop rock estava em seu auge quando essa fase chegou para ela. eu sinto muita falta de adolescentes fazendo ROCK.
o ano era 2004 quando avril lavigne, my chemical romance e green day lançavam suas obras primas: under my skin, three cheers for sweet revenge e american idiot respectivamente. nossa loirinha seguiu na mesma linha e fez história.
metade do disco hilary duff poderia ser a trilha sonora de malhação, quando o casal está brigado (isso não é uma crítica). ele foi feito para chorar e gritar, pois é isso que adolescentes fazem. mas existem músicas para curtir a noite porque adolescentes também adoram fazer merda. uma delas seria top 1 no last.fm do mais indie dos indies se fosse cantada por qualquer banda escocesa: weird. ouça, vale a pena.
nessa mesma época ela iniciou um romance bem estranho com o vocalista da banda emo? pop punk? pop rock? good charlotte, joel madden. ele tinha 25 anos quando hilary tinha 16. bOaToS de que o relacionamento era conturbado e que ela teve anorexia por conta disso.
deixando de lado meu nelson rubens interior, o tal do joel madden produziu algumas músicas da compilação que a hilary lançou em 2005, most wanted. por incrível que pareça elas são mais pop, mas de muito bom gosto. destaco wake up que, sim, como a própria letra diz, é perfeita para ouvir no sábado à noite.
no meio disso tudo ela ainda participou de filmes CLÁSSICOS, como doze é demais, a nova cinderela e material girls, e ainda teve tempo para fazer uma pontinha em rebelde. precisa dizer mais? ela é muito talentosa!
ela tem dignidade
depois de terminar com o tal do joel madden (que foi correndo para os braços de nicole richie, a bff de paris hilton) e encerrar seu contrato com a disney, hilary duff pensou: “preciso mudar a música pop para sempre”. no auge de seus 19 aninhos, ela lançou dignity, pois estava muito acima do caráter de seu ex-namorado.
olha, eu vou ser muito criticada, mas esse disco é o blackout da hilary duff. ambos foram lançados em 2007 por ex-estrelas da disney que pintaram de preto seus cabelos loiros. hilary duff e britney spears não estavam para brincadeira.
muito além da dancinha viral de with love (que nem é tão vergonhosa assim, vamos combinar), dignity combina o melhor de nelly furtado, rihanna e da já citada britney, além de ser repleto de canções que poderiam muito bem terem sido hits no verão de 2007 se a equipe de hilary não fosse tão incompetente, imagino eu.
depois dele, ela ainda lançou um single avulso sampleando personal jesus do depeche mode, que contava com um clipe super ousado para os padrões hilary duff. me lembro de alguma matéria da mtv entrevistar fãs da ex-loirinha e dizerem que não a reconheciam, eles queriam a lizzie mcguire de volta. tontos.
depois disso, ela sumiu.
hilary duff poderia ter sido uma kylie minogue em seu pós-disney, fazendo pop de qualidade para a seleta comunidade gay europeia, mas ela optou por seguir na atuação. tudo bem, não julgo. quem faz boas escolhas aos 20 anos? ninguém. aliás, quem sou eu para exigir que hilary duff tivesse feito boas escolhas aos 20 anos? ninguém. e isso foi em 2008, há 16 anos. pessoas que nasceram em 2008 têm 16 anos. preocupante.
depois de dignity hilary duff passou a se dedicar apenas à atuação, mas como ela é uma pessoa muito boa resolveu nos dar um último presente musical: breathe in. breathe out., de 2015. sim, esse álbum é beeeeeem 2015, mas um bom álbum 2015.
o carro-chefe dele é sparks. se você era um viciado em twitter como eu, com certeza esbarrava mensalmente em algum tweet que afirmava que o pop havia morrido depois que deixaram sparks flopar. bom, eu deixei sparks flopar, mas não por vontade própria. naquela época eu só conseguia pensar nos shows que os backstreet boys fariam no brasil dali a 2 meses.
faça sua parte! dê stream à clássica sparks e ajude hilary duff a comprar fraldas para a filha recém nascida:
não espere profundidade, genialidade ou experimentalismo ao ouvir hilary duff. se quiser isso ouça, sei lá, kate bush. às vezes a gente só quer ouvir uma música pop levinha, mas que seja genuinamente boa – e isso ela faz muitíssimo bem. agora prestigie minha seleção de músicas dela e seja feliz:
bye bye, aqui eu me despeço!
Eu tinha ingresso comprado pro show dela em 2006. Foi bem na época dos ataques do pcc, e os shows foram cancelados alegando uma suposta amidalite da Hilary. Nunca superei 💔
Mas depois do comeback dos irmãos irmãos Gallagher, quem sabe o que está por vir não é mesmo? O sonho segue vivo
Eu amooo so yesterday, hino atemporal!!! E dignity é um disco perfeito.